Com o nome Cantos de Pisar o Chão, a obra traz referências melódicas, rítmicas, culturais e artísticas do Nordeste. Ao todo são 08 faixas autorais, nas quais elementos contemporâneos são anexados ao tradicional e regional. Para Aline Falcão, diretora musical do álbum, o nome do trabalho tem inspiração direta com a dança, com os elementos da natureza e a terra. Falcão acredita que há uma ligação profunda da obra com a narrativa tradicional da cultura de festas populares, como Festa de Reis e o Cavalo Marinho. “O resultado é uma construção coletiva nesses dois anos de caminhada do grupo Flor de Imbuia, na qual tenho a honra de participar com o intuito de somar e contribuir nessas etapas de definição de arranjos, instrumentação, sonoridades e linguagens”.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.


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>> FICHA TÉCNICA

Direção Musical | Aline Falcão
Produção Musical | Aline Falcão e Irmão Carlos
Captação, Mixagem e Masterização | Irmão Carlos

As faixas são de autoria da Flor de Imbuia; exceto "Maria do Forrobodó" e "Em nome da Fé", ambas de Roberto Cândido. Todos os arranjos foram elaborados coletivamente pelo grupo Flor de Imbuia e Aline Falcão.

Participação de Aline Falcão no violão, synthbass, bases eletrônicas em todas as faixas.

Produção Executiva: Ana Carmo
Concepção e design gráfico Juliane Vieira
As fotos utilizadas na capa são de Diana Ramos (dos pés) e dos sites Unsplash e Shutterstock (nas colagens). As fotos da banda são de Malaika KB.
Assessoria de Imprensa: Enoe Lopes Pontes


Flor de Imbuia é:
Diana Ramos | voz e efeitos percussivos
Letícia Corrêa | rabeca e voz
Luiza Aguiar | zabumba, percussão e voz
Teba Rocha | sanfona, pandeiro e voz
Thalita Batuk | triângulo, percussão e voz


Gravado em Salvador em 2021 no Estúdio Caverna do Som.
Distribuição Digital por Tratore.
Todos os direitos reservados.



>> FAIXAS


CANTOS DE PISAR O CHÃO (2021)
1. Na peleja da terra/ Baião retado
2. Côco de pedra pequena
3. Cheiro de imbuia
4. Descompasso
5. Maria do Forrobodó
6. Mundo gira
7. Em nome da fé
8. Lá na beira



NA PELEJA DA TERRA
(Teba Rocha/ Letícia Corrêa)
Madeira de lei cantadeira de história
Rabeca cantando pode assoviar
No teu bojo ferve um compasso de sol
Enquanto o mundo gira eu vou mergulhar
Os santos não sobem nem descem ladeira
Na peleja da terra aprendi caminhar
O sol me levanta a lua me deita 
Meu canto é da terra do fogo e do ar
Rabeca cantando pode assoviar

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Diana Ramos | agogô, chocalho de semente, queixada, cincerro, vocais
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | vocais
Teba Rocha | voz principal
Thalita Batuk | alfaia, vocais
Aline Falcão | violão



BAIÃO RETADO
(Letícia Corrêa/ Teba Rocha)
Esse baião é retado, vem gente de todo lado
Descendo serra, subindo ladeira
E se quiser ralar buxo, não vem de papo confuso 
Respeite o baile, não faça besteira!

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Diana Ramos | pandeiro, bage, vocais
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | zabumba, vocais
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, ganzá, vocais
Aline Falcão | violão


CÔCO DE PEDRA PEQUENA
(Diana Ramos)
Côco de pedra pequena
Terra vermelha, batido o chão 
Peço a bênção pra montanha
E os arvoredos são meus irmãos
Passou por aqui
Bisavô, Bisavó
Passou por aqui
Meu avô, minha avó 
Passou por aqui
Minha mãe, minha irmã 
Cheguei por aqui
Hoje pela manhã
E pela mata eu vinha matutando
O que cada pedra vinha me contando
E refazendo os laços que perdi
Recontando aquela história do passado até aqui.
Passou por aqui 
Bisavô, Bisavó
Passou por aqui 
Meu avô, minha avó 
Passou por aqui
Minha mãe, minha irmã
Cheguei por aqui, Hoje pela manhã.

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Diana Ramos | maracas, caxixi, ovinho, voz principal
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | pandeiro, vocais
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, alfaia, ganzá, matraca, vocais
Aline Falcão | violão, synthbass, base eletrônica



CHEIRO DE IMBUIA
(Letícia Corrêa)
Cheiro de imbuia chegou
Fui lá fora ver
Uma flor desabrochou
Era você, meu bem querer.
Passeei na calçada de Graça, fazendo pirraça pr'ocê perceber.
Mas foi tolice, fulana me disse:
"Amor assim tu não vai receber".
Matutei o dia inteiro, passou fevereiro, não vi mais a flor
Fiz verso e prosa, plantei lá na roça
Pé de umburana pra curar a dor
Tenho fé, com a bença do santo, te faço o pedido e tu me diz que sim.
Te dou poesia, tu faz melodia.
O amor me guia, floresce sem fim.

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Diana Ramos | prato-e-faca, ovinho, vocais
Letícia Corrêa | rabeca, voz principal
Luiza Aguiar | congas, zabumba, vocais
Teba Rocha | sanfona, pandeiro, vocais
Thalita Batuk | triângulo, pandeiro, vocais
Aline Falcão | sanfona e violão



DESCOMPASSO
(Diana Ramos)
Dancei a tua ciranda
Na minha imaginação
A roda tava tão grande
Mas eu peguei na tua mão
E te olhei de canto de olho
Enquanto você também me olhava
E a ciranda marcava firme
Meu coração é que descompassava 
Olho fechado uma loa cantando
Pedi ao tempo pra não acabar 
Imaginava tua pele fina
Tal qual a brisa das águas do mar
Eu era a pipa dançando no vento
Tu era a linha de amarração
E eu cantava a tua ciranda
No descompasso do meu coração

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Diana Ramos | pandeiro, voz principal
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | zabumba, vocais
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, caixa, vocais
Aline Falcão | violão, baixo elétrico



MARIA DO FORROBODÓ 
(Roberto Cândido)
Convidei meu amor pra dançar um forró
Lá no forrobodó
É que nesse forró só tinha seu Zé
Só tinha Tereza da Anunciação
E tinha seu Neco que dançava mal
Quem o sanfoneiro não se dava bem
É por isso que o fole gemia arretado
O povo suado, o chinelo a arrastar
No tumtum da zabumba o forró esquentou
Depois que a Maria chegou pra dançar
Ê Maria!
Seu corpo remexe pedindo um forró
Ê Maria!
Seu Zeca já tá a te olhar
Cuidado se ocê vacilar
Seu Júlio te puxa pra um xote sem Dó Maior!
A poeira já tá a levantar
A cigarra parou de cantar
Todo mundo olhando seu forrobodó

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Diana Ramos | pandeiro, ovinho, tamborim, vocais
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | zabumba, voz principal
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, ganzá, pandeiro, vocais
Aline Falcão | violão, baixo elétrico



MUNDO GIRA
(Diana Ramos)
A roda do mundo gira
Eu também quero rodar
A roda beira da saia
Que o vento vem balançar
Rodo no canavial
Com os caboclo de arubá
Senhora dona da casa 
Dá licença pra eu brincar
Esperei o ano inteiro
Pra no terreiro rodar
Chegando no mar de cana
Meu capitão, eu vou mergulhar
Nas ondas do mato verde
Vi a cabocla girar
Jurema! Jurema! Jurema!
Senhora dona da casa
Dá-me a sua proteção
Que ano que vem tô de volta
Pra dançar no seu salão

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Diana Ramos | alfaia, ovinho, xequerê, voz principal
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | congas, zabumba, vocais
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, caxixi, djun djun, vocais
Aline Falcão | violão, synthbass



EM NOME DA FÉ
(Roberto Cândido)
Sou rezadeira, curandeira nordestina
Aprendi desde menina o valor da tradição
Vivo da crença, da certeza do divino
Quando o povo que padece vê na fé a salvação.
Compro uma vela pra Toninho, Maria
Uma cachaça para Exu
Uma carranca para a porta
Banho de folha para espantar egum
Um altar para "Padim" Ciço, Maria
Remédio para pigarreira
Avisto lá no fim da feira
Um oratório pra gente rezar
Fé, fé, fé, fé sim
Tudo acontece para quem tem fé, João, José
Tudo acontece para quem tem 
Fé, fé, fé, fé sim
Tudo acontece para quem tem fé, João, José
Tudo acontece em nome da fé

---
Diana Ramos | agogô, caxixi, xequerê, vocais
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | zabumba, voz principal
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, vocais
Aline Falcão | violão, baixo elétrico



LÁ NA BEIRA
(Diana Ramos)
Fui lá na beira da areia conversar com o mar
Dizer pra ela que a cabeça não tá boa
Porque no meu caminho o chão virou canoa  
E eu já nem sei para que lado vou virar
Vento bateu, assanhou cacho do cabelo
Mirei um facho reluzente em alto mar
O Sol se pondo como quem tá me dizendo:
Depois de um dia, nasce outro em seu lugar
Como ciranda gira o mundo e não desanda
Pois tudo muda e encontra logo o seu lugar
A gente pisa e marca o chão por esse mundo
O bom da ida é sempre ter pra onde voltar

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Diana Ramos | ganzá, ovinho, caxixi, voz principal
Letícia Corrêa | rabeca, vocais
Luiza Aguiar | zabumba, vocais
Teba Rocha | sanfona, vocais
Thalita Batuk | triângulo, agogô, caixa, sea drum e kenkeni, vocais
Aline Falcão | violão, baixo elétrico





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